Continuação dos diálogos de Lúlio e Francisco Suárez. Tema: a liberdade, referência: encíclica Liberdade prestamista, de Leão XIII; cenário: criação do Círculo de Budapeste, pretexto: continuação do Círculo de Viena, da lógica semântica de Tarski e de sua incompletude epistêmica, em Kurt Goedel. Agora sob a coordenação e moderação de Artêmis, a musa da Justiça. Participação especial: Mário Ferreira dos Santos e João de São Tomás.

2043 na cronologia escatológica: ano décimo da Grande Tribulação. Inicia-se na Terra o Círculo de Budapeste. O tempo da súplica da Virgem santíssima se esgotou; mas Iluvathar delega novas missões a Artêmis — que, num voto de humildade, também aceita ser chamada de Têmis, uma simples avatar do Direito —, no intuito de aprofundar os temas debatidos por ela, Atlas e o maiorquino franciscano Raimundo Lúlio no sétimo Empíreo. Agora, nas moradas do oitavo e definitivo empíreo, o próprio Conselho, restituido após a Era dos Gentios, elegeu o filósofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos para identificar o papel da Arte combinatória e da Árvore da Ciência na inversão das mentes idólatras e nominalistas de outrora. O Mundo, entre os mundos possíveis, agora vai indo melhor em muitos aspectos, mesmo na área do Direito. Gradualmente, por três tempos e metade de um tempo, os homens vão superando as sequelas anteriores. Mais do que elevadas potestades angelicais pudessem imaginar: dos juízos naturais à retórica de uma metaliteratura. Sem margem a mitigações nominalistas, a nova moradas do Empíreo são criadas para lhe dar com o tema. O filósofo de Tietê entra em cena para avaliar a vocação liberal e “luminosa” de Lúlio, agora com  a profunda  intervenção de outro esquecido jesuíta, português, do século XVI: John de Poinsot – o João de são Tomás. A ordem superior agora é que Mário Santos e João de são Tomás encontrem uma solução mitigada, do realismo moderado dos universais… Se temporal no mundo existencial ou atemporal num dos mundos possíveis do Doutor Iluminado, cabendo a Artêmis, recém nomeada presidente  do Conselho-empírio, equacionar. Sem superestimar as virtudes da argumentação lógico-retórica, Maria Imaculada solicita que Mário Santos, o mentor da decadialética e o Doctor produndus, o pai da semiologia,entrem num acordo de apoio luminoso, algo luliano, algo tomasiano, a seus desnorteados filhinhos no Círculo de Budapeste. E Cristo mesmo ordena que Artêmis aprenda melhor a motivar lideranças sábias para que não se repitam os lamentáveis erros do Círculo de Viena, encarrado em 1936, às portas da Segunda Grande Guerra. O Anticristo ressurge em novas roupagens, mas ainda há esperança de se poupar os terraqueanos uma Terceira e ainda mais brutal Guerra Mundial… 

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