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Ficção filosófica inédita no Brasil: diálogos de Ramon Llull (1215-1316)

Encontros de Raimundo Lúlio – a 4 min. do Apocalipse

    4, 3, 2, 1 acabou,

o tempo acabou!

Nesse interregno, três musas interrogam um erudito maiorquino do século XIV para entender o que faltou e o que ainda resta ser elucidado nos tempos do Apocalipse.

Raimundo Lúlio (1232–1314) não tem o condão de uma solução mágica, mas esteve com um pé na escolástica e outro na modernidade, uma perna nas ciências dos universais, outra na lógica dos significados.

De Leibniz a Peirce, sua Arte combinatória motivará os prolegômenos de uma hermenêutica divina em bases antropológicas e em conhecimentos de ordem retórica aplicadas até à lógica deôntica e computacional.

Artemis, Clio e Urânia vão querer saber como isso funciona em seus intuitos de inspiração nas artes do Direito, da História e da Astronomia.

Na antessala do Sétimo Empíreo – aos 45 minutos do segundo tempo –, Atlas vai querer uma resposta menos retórica (ou visionária!) e mais pragmática aos terráqueos, em 2033 d.C.

Invocando as graças de Iluvathar e valendo-se de glosas do jesuíta Francisco Suárez, Ramon Llull, o doutor iluminado, com uma demão de Aristóteles e outra de Duns Scott, não se dará por ab-rogado, usando da Árvore da Ciência, vai invocar ainda algo do Trivium, algo mais das artes liberais, e saberá dar alguma luz a um tempo de escuridão.

Encontros de Raimundo Lúlio a quatro minutos do Apocalipse, com prefácio do prof. Ricardo da Costa, sustenta um diálogo ficcional pautado em mais de cinco obras, das 275 escritas pelo filósofo catalão. Arte Breve (Ars Brevis) é uma delas, escrita em sua fase de maior maturidade, em 1308, cujo texto, na segunda parte do livro, segue na íntegra, com tradução de Ricardo da Costa e Felipe Dias de Souza.

Ficha Técnica:
ISBN: 6560361594
Editora: Editora Devenir
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Idioma: Português
Coleção: Literatura
Páginas: 172

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Ética nos conflitos da modernidade – vol. 1

Os preceitos da lei natural são aqueles preceitos da razão com os quais devemos nos conformar se nós e outros quisermos ser capazes de deliberar juntos como agentes racionais e alcançar nossos bens comuns como membros de famílias, sociedades políticas e semelhantes.

As leis positivas de sociedades particulares têm o caráter de lei genuína apenas na medida em que estão em conformidade com a lei natural. É assim que as pessoas comuns, pelo exercício da razão ao refletir com os outros sobre como devem realizar seus bens comuns, podem questionar as ações de quem detém a autoridade no poder.

E, na medida em que tais pessoas comuns entendam o que as virtudes exigem delas no nível da práxis diária, elas também serão capazes de entender o que as virtudes exigem de seus líderes, especialmente por uma questão de justiça.

Ficha Técnica:
ISBN: 9788554295424
Editora: Editora Devenir
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Idioma: Português
Coleção: JusLogos
Páginas: 256

Limite Minicontos

Um belo dia ― talvez não tão belo assim ― Artur acordou e percebeu que, em vez de duas, tinha três mãos. Pensou: se uma mão lava a outra, o que fazer com a terceira? O que abunda não prejudica, acabou aceitando a mão espúria. ― Helena ― disse ele, despreocupado ― agora eu tenho três mãos. A mulher olhou para o marido, falou: ― Que estória é essa, homem, eu te vejo com duas mãos. ― Mas olha aqui, mulher, a terceira mão ― ele gritou, já furioso, mostrando a terceira mão que se plantava ao lado da segunda. Não adiantou, ela só via duas mãos.

Três Versões Rivais da Investigação Moral

Em A Origem da Linguagem, Rosenstock-Hussey nos ajuda a construir uma ponte entre aqueles que se encontram na extremidade mais baixa e mais alta da sociedade. Pelo poder da linguagem, a conexão supranatural dos recursos da fala nos aponta o que e o porquê dos potenciais de conflitos entre os interlocutores. Se a tradição das linguagens formais não antecedessem as multiplicidades de perspectivas, visões de mundo e de weltaschauung, versões rivais de mundo sequer sobreviveriam à caoticidade de temas, termos e perspectivas do agir moral dos indivíduos. Alasdair MacIntyre nos convida a desafiar a diversidade das investigações morais postas em jogo antes, durante e após a série de palestras Gifford, tendo como pano de fundo a tradição que antecede as duas versões em conflito: genealogia e enciclopédia. Três versões rivais da investigação moral: Enciclopédia, Genealogia e Tradição  deve colaborar na conexão moral dessas duas versões, pelo que elas prometem, pelo que elas escondem ou tão-somente desistiram de investigar. Em Deus, filosofia e as universidades, MacIntyre nos propõem uma ponte de compreensão filosófica entre a educação superior — e profissionalizante, e a transcendência; aqui temos o cenário de fundo que sustenta a linguagem e os poderes da fala dado como mote central da racionalidade para a ponte das pontes: a inteligibilidade.

Ficha Técnica:
ISBN: 6558545691
Editora: Editora Devenir
Dimensões: 14.00 x 21.00 cm
Idioma: Português
Coleção: JusLogos
Páginas: 444