Murilo Veras

Murilo Veras

Eng. Agro., MSc, Filosofia (esp)

a fé dos neurocientistas (II)

Se considerarmos o Universo como um composto complexo de matéria, força e campos relacionais, o cérebro humano parece mimetizar o mesmo conjunto em corpo, energia e campos de relações mentais. Mas se nem mesmo o corpo pode ser reduzido a agregados de matéria espacial, as motivações que abstratamente engendram a inteligência não podem ser reduzidas a forças que estimulam funções sensitivas em campos espaciais. Da retina ou dos tímpanos em diante o que rege a mente são campos relacionais abstratos inicialmente ordenados pela leitura dos padrões espaciais reversíveis e temporais irreversíveis do ambiente, doravante, pela intelecção de campos necessariamente não espaciais. O universo meramente descritivo da astronomia moderna, não obstante as leituras quânticas não determinísticas do microcosmos, parece se limitar a buscar padrões espaciais num movimento reversível circular de geração e corrupção da matéria. Talvez os 95% de matéria e “energia” escura, desconhecida, do cosmos tenha sido mimetizada abstratamente em nossa mente, mas 70 ou 700 milhões de anos de lenta maturação da massa encefálica não podem explicar o desenvolvimento intelectual em 7 mil anos de história, muito menos genialidades emergentes observadas em crianças de 7 anos. Mas os neurofísicos modernos insistem em buscar forças de campos eletromagnéticos que operem essa maravilha. Claro, terão que buscar explicações de origem alienígena ou em cerebelos fetais privilegiados. Somente esquecem de se perguntar quem poderia modelar concretamente inteligências ainda maiores de extraterrestres e embriões em tão pouco tempo.

Compartilhar esse post:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on print
Share on email

Posts relacionados: