Raimundo Lúlio, Pedro Fonseca, João de são Tomas, Gustavo Corção, G.E.M. Anscomb e Wolfgang Smith são alguns dos pensadores que desafiaram a era da modernidade pouco antes e durante seu reinado laicista. Cristo não iludiu ninguém, avisou que até muito próximo do final dos tempos viveríamos o reino dos gentios, e hoje vivemos o ápice desse reinado de competições, disputas, dominações e manipulação de mentes e corpos. O inacreditável testemunho do Doutor Iluminado reflete a capacidade de domínio da sua arte literária e retórica de lhe dar com gentios, judeus e muçulmanos, numa época em que mal e mal a península ibérica havia se libertado do jugo dos mouros. Usando sobretudo da razão natural, comum às três religiões monoteístas, e articulando, talvez ainda melhor que Tomas de Aquino, quase na mesma época, as grandes tradições platônicas e aristotélicas; Lúllio soube reunir lógica demonstrativa e intuição abstrativa em favor da unidade indissolúvel do cristianismo a serviço de Deus e da Trindade Santa.

Encerrando com a perspectiva desafiadora da causalidade vertical em uma lógica quase mecânico-demonstrativa como da ciência quântica, em Wolfgang Smith, caberá ao leitor articular a essência dos domínios da linguagem perene entre a vastidão de correntes filosóficas e simbólicas a que crentes e não crentes veem sendo submetidos desde o paradigma do dualismo cartesiano nos fez engendrar rupturas virtuais, artificialmente horizontalizadas, entre mente e alma.

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